como pôde a sua mão multiplicar
o cabelo pairar sobre a cabeça alheia
onde estou
onde estás?
estarão por acaso os meus fios
na pele de suas faces negras?
se há por aí os meus dedos,
por aqui
o que flui agora nas veias?
o poema de tão muito perdido
fez-se tanto mas repentino
num papel que rasgou-se de espanto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário