6 de mai. de 2011

papel-poema



como pôde a sua mão multiplicar
o cabelo pairar sobre a cabeça alheia
onde estou
onde estás?

estarão por acaso os meus fios
na pele de suas faces negras?
se há por aí os meus dedos,
                                           por aqui
o que flui agora nas veias?

o poema de tão muito perdido
fez-se tanto mas repentino
                                         num papel que rasgou-se de espanto.

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