27 de jul. de 2009

17 de jul. de 2009

# 50 - Poetisando o Sexo Oposto.

Me incomodava a barba por crescer, roçando minha pele.

A brutalidade de seus dedos ao me fazer carinho.

Eu não gostava de sua boca tocando meu corpo inteiro.

Nem dos desejos que ardiam em seu olhar

quando olhava os meus seios por entre o decote ingênuo que vestia, e ainda visto.

Me incomodava o tom irônico em suas falas desnecessárias.

E seu medo em dizer as três palavras nunca ouvidas.

Me incomodavam tanta coisa, que já não me incomodam mais.

Não sei como andam os pelos de sua barba e nem por quais bandas beijam a sua boca.

A ironia de seu tom partiu, deixando silêncio (vazio).

Os seus dedos já não me tocam, assim como seu medo já não me irrita.

Não me irrita. Pois sei que me amou, amou do fundo de sua alma.

Aquele homem me amou, com certeza.

E penso que ainda poderia amar essa alma incomodada

pela falta de amor.

Mas...

Os (tolos) incômodos (tolos) fizeram de mim uma mulher que já não sabe o porquê dos decotes.

(por Dênis Rubra)

14 de jul. de 2009

# 49 - Poetisando Declarações

Eu precisaria dizer mil palavras Falar do sol Da lua Ou do inferno. Se meus desejos não coubessem No silêncio da despedida No instante do partir Se os meus medos E os meus sonhos Não fossem (declaradamente) seus.
(por Dênis Rubra)
__________________________ Poesia dedicada a alguém muito especial.

12 de jul. de 2009

# 48 - Poetisando Tempos Verbais

Tenho conjugado a saudade Esse pseudo verbo intransitivo

No aoristo

De nossa findável paixão

Sem fim.

(por Dênis Rubra)

10 de jul. de 2009

# 47 - Vozes

Ouça o silêncio da voz louca pura rouca. Ouça... E não deixe-a gritar sozinha. Ouça... E faça ecoar a loucura Que emana dos meus desejos calados, p e r d i d o s, ACHADOS s o f r i d o s... reveladoS Amedrontados... o mundo se foi o grito ficou.
(por Dênis Rubra)
Eu precisaria dizer mil palavras
Falar do sol
Cantar a lua
Chorar o inferno.

Se meus desejos não coubessem
No silencio, da despedida
No instante, do partir.
S

3 de jul. de 2009

# 46 - Errância

O pior dos medos
É ter medo
De sentir medo
Num futuro possivelmente medonho.

O pior dos erros
É não arriscar o erro
E não reconhecer que se erra
Por viver sem errância.

A melhor crença é acreditar
Que o acerto-erro de agora
Que o erro-acerto de amanhã
Vencerá o medo de amar demais.

O melhor movimento, é se jogar
Do penhasco, pra viver
E amar demais você
Até o fim de nosso erro

Até que o amor se torne acerto 
Ou o erro se torne amor.
(por Dênis Rubra)