28 de set. de 2009

# 62- Poetisando Figuras de Linguagens

- Já viu sol amanhecer na noite

E lua anoitecer no dia?

- Vi,

(quando você sorriu)

_________________________________________

Pode um coração amante

Viver dentro de um ser errante?

Pode um coração vivo

Morrer dentro de um ser pensante?

- Coração é metáfora, pra nossa "loucura".

(por Dênis Rubra)

27 de set. de 2009

# 61 - Poetisando Posses

Prenda tua boca,
na minha.
O céu do teu olhar,
no meu.
Faça do teu corpo,
o nosso.
Do meu suor,
o teu.
(Não há palavra possessiva,
que possua
o que o vida faz existir.)
(por Dênis Rubra)

21 de set. de 2009

# 60 - Poetisando Orlas

Você é meu Leblon, meu Ipanema. E quando a vida selar a beleza do nosso amor, o por do sol, no seu olhar, estará
no meu (no nosso) Arpoador.
(por Dênis Rubra)

19 de set. de 2009

# 59 - Poetisando a Serenidade Interior

Por trás dos meus olhos, Da cegueira incontrolada em que me encontro, Dos sorrisos indestrutíveis que sorrio. Dentro deste corpo, Que transpira a serenidade de um ar puro, Que respira um esforço descansado e prazeroso. Aqui nesses ouvidos, Que bailam sobre o Rock in Roll Da clássica música harmônica. Lá dentro de mim, Por trás de tudo que sou E de tudo que me faz estar como estou. Há uma energia autônoma Uma fisgada saudosa como a saudade Que, numa mutualidade nua, sinto De quem me fisgou.
(por Dênis Rubra)

10 de set. de 2009

# 58 - Poetisando Gêneros

Mulheres e suas bochechas rosadas.

Homens e seus ternos,

Suas gravatas.

Mulheres e suas nádegas pálidas.

Homens sob a posse do falo de suas almas.

Mulheres e seus sorrisos amarelados,

Braceletes prateados,

Os cabelos, ao vento, jogados.

Mulheres e...

Seus seios arrepiados.

Homens e seus pensamentos avermelhados

Os minutos atrasados,

Os cabelos, ao vento, jogados.

Homens e...

Seus deuses excitados.

Dois retratos de uma mesma sociedade

Que perdeu-se

Ao tentar se encontrar.

(por Dênis Rubra)

3 de set. de 2009

# 57 - Poetisando Manhãs

Faz o meu café, amor? Passa manteiga no pão (por favor) Passa-me o suco E o mel do teu corpo. Dá-me o doce provado Na mesa-cama da madrugada. Sinta a vida vivida No suor de nossas peles. Beba-me, meu bem. Nesse nosso vício em comum: A manhã precedida pelos abraços noturnos. Sucedida pela certeza que me acompanha: O desejo em lhe acompanhar.
(por Dênis Rubra)