28 de jun. de 2009

# 45 - Poetisando o Mar.

Será que um dia alguém irá querer mergulhar no mar, que sou e se afogar e nunca mais enxugar seu corpo. A pessimista intuição diz que não. A otimista opinião não existe. O que existe é um mar sem vento sem ondas sem vida para molhar sem forças para viver. O que não existe é o que me torna o que sou: um mar sem navegação farto de naufrágios precoces. Um mar prestes a secar cansado de tanto esperar por alguém que o faça ser... Oceano.

(por Dênis Rubra)

26 de jun. de 2009

# 44 - Palavras Fúteis

Ver palavras é ver o tempo que não se apaga que não desiste perante os olhos cegados pela surdez que mata o cego, surdo, morto... enterrado, entregado ao veneno destilado por palavras (fúteis palavras)
(por Dênis Rubra)

21 de jun. de 2009

# 43 - Poetisando Bebidas

Larguei o copo na mesa E deixei de lado Toda aquela preocupação Em mergulhar no irreal, Na insobriedade. E vi que estar com você É como beber três garrafas de uísque E uma dose de conhaque. Sem perceber Que a realidade... já passou.
(por Dênis Rubra)

19 de jun. de 2009

Poetisando Encontros

Prontos a conhecer o olhar que clareava a vida de cada um

Marcaram, amanhã às treze horas

E ele disse:

- Meu olhar será seu, e meu será o teu

Realizando a realidade mais esperada

A ânsia da ansiedade mais incontrolada

Veremo-nos e em nossas visões só haverá espaço

Para o teu corpo junto ao meu.

E a tua pele, em vibrações enérgicas, junta a minha

E andaremos, sobre um mar imundo qualquer

Mas basta o nosso olhar, possuído mutuamente

Para o mar abrir-se em revelações paradisíacas

Dadas somente

A quem se ama.

A quem olha o nosso olhar

A quem se encontra, amor.

Ajoelhada diante do cupido brincalhão que os levou até ali

Ela diz:

- Amor, confesso-te que estás em meus sonhos

E que amanhã, clarearei nossos desejos com meu olhar

Mais do que pele, nossas carnes se encontrarão

No carnaval mais festejado entre todos os encontros festivos.

Saibas que andaremos sobre o mar imundo

Mas o pisar apaixonado encontrado em nós

Purificará o sal sujo deste chão.

Acredite em mim

Pois amanha possuiremo-nos e nada mais importará...

Por fim, o dia não passou

O encontro não se encontrou com a realização

O amanha não chegou

Nem costuma chegar

Possua a vida, não protele o amor nascido

Para morrer hoje.

18 de jun. de 2009

9 de jun. de 2009

# 42 - Poetisando o Verbo

Estou à procura de tempo verbal infinito. Não que eu queira verbalizar o que não se diz. Eu não quero mandar calar-se o verbo. O que se passa em minha mente é simples: que tudo fique assim... sem passado na ilusão e com futuro.
(por Dênis Rubra)