deixo às canções
o tom desesperado
das manhãs
e a desarmonia
dos lençóis.
o espelho a revelar-se
ante os olhos
- a se acordar -
deixo o som
da cama ruída
deixo os sonhos
que não sonhei, deixo até
aquela coisa inexplicável que enche a alma
no primeiro segundo de pesadelo
- que é não dormir -
devidamente vivo
para morrer
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