26 de jun. de 2010

Poema alcoolatra

misture num ser humano: três minutos de ilusão

cinco segundos de nostalgia

sete doses de Martini.

mande-o vagar por trinta minutos

nas avenidas do bom batuque.

adicione um quarto de boa menina

e sinta o calor de dois corpos tropicais.

verás que por toda a vida

não há porquê negar a morte.

a batucada com Martini

ressuscita até quem não morreu.

16 de jun. de 2010

Pra viver tem que sambar

Por horas tantas o teu olhar foi meu
Nas verdes bandas da cidade
Cantei com os bambas a felicidade
Que foi sambar ao lado teu.
E a malandragem do Zé mulato
Falou pra mim que tudo passa
O mesmo samba hoje quadrado
Vai embalar as negas na Avenida.
Quero que a branca lá de casa Beije feliz o samba da sua vida;
Quero tocar o meu pandeiro
Fazer sambar a garotada.
Deixe, que na vida tudo pode dar certo
Deixe, que do nada o tudo não se perde
Vá, sambando feliz até o fim dessa Avenida
Vem, que a vida é muito mais que sofrimento.

14 de jun. de 2010

Nesta avenida,
em meio às festas
passou de tudo um pouco de exagero.
Passou mulher pelada
homem viado, garota vadia, menina abusada.
Verdade ou mentira, afirmo que estiveram por aí
gente preta, branca, gente mulata;
os rumores disseram:

1 de jun. de 2010